Leilão do 5G pode abrir caminho para entrada no país de novas empresas de telefonia móvel.

  • Quinta, 4th Novembro, 2021
  • 09:56am

Especialistas avaliam que faixas de 700 MHz e de 3,5 GHz devem atrair o maior interesse das operadoras. Leilão começa nesta quinta (4) mas pode se estender até sexta (5).

O leilão do 5G, a nova geração de internet móvel, começa nesta quinta-feira (4) com a expectativa de abrir caminho para a entrada de novas empresas no mercado de telefonia móvel do país, avaliam especialistas em telecomunicações consultados pelo g1 e representantes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Esse movimento se deu após a Oi ter vendido seu braço de telefonia móvel para uma aliança formada por Claro, TIM e Telefônica (dona da marca Vivo), o que levou à redução no número de empresas competindo neste mercado.

A venda aconteceu em dezembro do ano passado e ainda está sob análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Do total, cinco empresas já prestam serviços de telefonia móvel (Algar Telecom, Claro, Sercomtel, Vivo e TIM). As outras dez são potenciais estreantes no mercado de serviços móveis, caso arrematem algum dos lotes do leilão.

Estamos no momento mais revolucionário do setor desde a privatização. Tínhamos um monopólio e abrimos para vários. Esses vários foram se aglutinando, se consolidando. E agora estamos em um novo momento de expansão do mercado, a partir do leilão do 5G”, afirmou na semana passada Abraão Balbino e Silva, superintendente de Competição da Anatel e presidente da comissão especial que organiza a licitação do 5G.

Fala-se que a competição no Brasil está em risco pela saída de uma grande operadora [a Oi]. Ora, se sai um operador e entram outros dez querendo participar de licitação, na verdade temos é sede por competição” completou Balbino e Silva.

Ari Lopes, analista sênior da consultoria Omdia, também acredita que o leilão vai abrir caminho para novas empresas de telefonia móvel.

Frequências
Ex-presidente da Anatel, Juarez Quadros diz que as faixas de 700 MHz e a de 3,5 GHz são as de potencial de atrair a entrada de uma nova operadora de telefonia móvel do país:

700 MHz: está sendo usada atualmente pelas operadoras para a oferta do 4G e, pelas regras do edital, Claro, TIM e Vivo não poderão fazer ofertas, pois já têm licença para usar esse espectro. Os lotes da faixa de 700 MHz devem ser os mais disputados do leilão, com expectativa de ágio, ou seja, lance acima do preço mínimo exigido para arrematar a frequência, segundo representantes das empresas participantes do leilão.

3,5 Ghz: é por onde as operadoras vão poder prestar o serviço do 5G “puro”. Essa faixa terá quatro blocos nacionais e um regional, permitindo assim que provedores locais entrem no mercado de 5G para competir com as três grandes operadoras de telefonia.

As empresas que apresentaram propostas são as seguintes:

  • Algar Telecom S.A.;
  • Brasil Digital Telecomunicações Ltda.;
  • Brisanet Serviços de Telecomunicações S.A.;
  • Claro S.A.;
  • Cloud2U Indústria e Comércio de Equipamentos Eletrônicos Ltda.;
  • Consórcio 5G Sul;
  • Fly Link Ltda.;
  • Mega Net Provedor de Internet e Comércio de Informática Ltda.;
  • Neko Serviços de Comunicações, Entretenimento e Educação Ltda.;
  • NK 108 Empreendimentos e Participações S.A.;
  • Sercomtel Telecomunicações S.A.;
  • Telefônica Brasil S.A.;
  • TIM S.A.;
  • VDF Tecnologia da Informação Ltda.;
  • Winity II Telecom Ltda.

Simples entrega da proposta, porém, não credencia as empresas para participar do leilão. Elas podem ser desclassificadas, por exemplo, se não entregarem todos os documentos necessários e as garantias exigidas.

A Claro, a TIM e a Telefônica (dona da marca Vivo) são as grandes operadoras de telefonia móvel que apresentaram ofertas pelos lotes oferecidos no leilão.

A Oi não participará do leilão, pois vendeu seu braço de telefonia móvel - a Oi Móvel - dentro do processo de recuperação judicial da companhia. A Oi Móvel foi comprada por uma aliança formada pela Claro, TIM e Telefônica, mas a venda ainda está em análise pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Se todos os lotes oferecidos forem arrematados, o leilão deve movimentar R$ 49,7 bilhões, de acordo com a Anatel. Desse total:

R$ 3,06 bilhões para pagamento de outorgas, dinheiro que vai para o caixa do governo;

R$ 7,57 bilhões para cumprir a exigência de levar internet para as escolas de educação básica (leia mais abaixo);

R$ 39,1 bilhões para as demais obrigações de investimento do edital.

A previsão é que o 5G comece a ser ofertado até julho de 2022, inicialmente nas capitais dos estados.

Fonte: G1

 

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